Cuidados

Dicas práticas para um orquidário caseiro – história real!

Apaixonada por orquídeas, Estefânia ensina alguns segredos para montar um orquidário em casa

Você já conheceu a Estefânia de Lima aqui no blog!

Ela contou um pouco sobre como foi a  experiência dela com as orquídeas e como se apaixonou pelas plantas. Mas não é só isso que ela tem a nos ensinar! Recentemente, Estefânia criou um orquidário em sua casa. Com a ideia de incentivar mais pessoas a criarem estes cantinhos incríveis repletos de orquídeas, decidimos apresentar um pouco da história e das dicas da Estefânia!

 

A decisão

Estefânia conta que a ideia de montar o orquidário surgiu a partir do momento em que ela começou a ficar “viciada” nas orquídeas! “Eu tinha duas ou três, montei um banquinho do lado da minha lavanderia, e quando eu vi, não cabia mais no banquinho, já tinha mais de 10, depois mais de 20, e eu precisava de espaço para colocar”, relata. Foi então que, ao somar tantos vasos, o esposo dela sugeriu um orquidário no corredor. Foi ele mesmo quem montou. “Eu já providenciei os cachepôs, já comecei a pensar na decoração”. O corredor na casa de Estefânia, em Uberlândia, fica de frente para a janela da cozinha e da copa. “Eu queria algo que ficasse bem bonito”.

 

Pensado pelo casal, o orquidário foi bem planejado, mas não foi feito com tanta rapidez. “Primeiro, ele comprou o madeiramento eu encomendei os vasinhos”, conta a apaixonada por orquídeas, que alerta que não pagou tão caro na madeira, mas que a mão de obra pode ser mais custosa, ainda que, no caso dela, tenha sido uma construção em família. “Tem que ser devagar. Faz uma coisa, depois faz outra. É devagar que a gente vai conseguindo”, explica.

 

O desafio, na verdade, foi o tempo. Com o trabalho de ambos, ela conta que era nos fins de semana que o trabalho era feito, pouco a pouco, como por exemplo a pintura especial na madeira, importante para um orquidário que fica exposto em ambiente externo, apenas com proteção do sol.

 

O trabalho para cuidar de orquídeas

Ao contar sobre o orquidário, Estefânia conta sobre as dificuldades e desafios de cuidar das orquídeas. “Você tem que adubar semanalmente e manter o controle de pragas e fungos”, ensina. “Não estou dominando totalmente, ainda estou perdendo algumas, mas tem pouco tempo que estou com essa paixão diária. Todo dia eu dou uma olhada se tem uma praga, cochonilha ou algo diferente, se não tem uma raiz nova, uma haste saindo”, enumera.

 

O segredo é a adubação é pelo menos uma vez na semana. “Às vezes, a correria do dia a dia não permite que eu seja tão correta com elas”, lamenta. Mesmo assim, Estefânia se orgulha do que já conquistou.

 

Questionada sobre os gastos com as orquídeas, a dona de casa é categórica ao afirmar que não fica caro, desde que se tenha disciplina. ” Agora eu estou mais centrada, mas eu comprei muita coisa para experimentar no início, e com o tempo a gente vai sabendo o que é melhor e o que não é”, relata.

 

Dicas sobre Substratos e adubos

Tanto nos vasos quanto no orquidário, o cuidado da criadora de orquídeas é grande. “No início eu quebrei muito a cabeça com substrato, ia comprando tudo”, conta. “Agora estou mais coerente: é casca de pinus com carvão e brita, e quando eu acho nas exposições eu compro a macadâmia com mix de brita e carvão, o que dá resultados”, ensina. O sfagno só é utilizado em pouca quantidade se houver necessidade de mais umidade.

 

Na hora de adubar as plantas, o segredo de Estefânia é usar o orgânico “Bokashi” e enraizadores. Atualizada, já pensa em comprar um novo tipo de adubo para testar. Tudo o que ela faz é para manter suas plantas saudáveis. “Uma orquídea saudável é uma orquídea com as raízes bonitas, vistosas, folhagem bonita, uniforme e livre de pragas e fungos. E uma florada bela, cheia e carregada”, resume.

 

Replantio, regas e um segredo

Por fim, Estefânia conta que faz replantio de mudas quando a planta está precisando. “Quando eu percebo que as raízes estão saindo para fora e o substrato já está ruim, aí eu faço”, conta. Ela também critica alguns substratos de floriculturas, que muitas vezes “não funcionam”. “Geralmente eu tiro tudo, aí eu cultivo as mini Phalaenopsis nos toquinhos que são as bolachas de tora de madeira do orquidário”, relata.

 

Ela aproveita para dar uma dica a quem está começando a cuidar de orquídeas. “Quando comprar a orquídea, olhe o substrato e as raízes, porque a raiz fala muito, principalmente das Phalaenopsis”, explica. Mas engana-se quem acha que Estefânia nunca errou. “A gente vai aprendendo com os erros. A gente erra algumas coisas, principalmente com as Phalaenopsis”, conta, dando destaque às Phalaenopsis que perdeu após regar o miolo, ou seja, colocar água no meio da planta e permitir que aquela água se acumule. “Eu tento passar isso às minhas colegas, para que elas não cometam os mesmos erros”. Aliás, Estefânia admite o erro. “O grande erro que cometi foi não escutar os conselhos das outras pessoas que me falaram a respeito de não molhar os miolinhos e manter mais seco”, relata. “Hoje eu tento cultivar as Phalaenopsis diferente: replanto-as mais deitadinhas para não ter o acúmulo de água e não perder”, ensina.

 

O “segredo”  que a mineira compartilha é como adubar. “A grande dica que eu dou para as minhas colegas é fazer um composto do adubo Bokashi junto com açúcar mascavo”, conta. Ao serem colocados juntos, eles fermentam e formam um adubo líquido. “Foi maravilhoso, tanto na floração quanto na folhagem!”, encanta-se. “Sempre passo essa dica pra frente. Estou compartilhando porque foi algo muito bom pra mim”.

 

Confira as fotos do orquidário!