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Phalaenopsis fora do Brasil: quais as diferenças no cuidado em países frios?

Muitos brasileiros vivem em países mais frios que nossa nação tropical. Ao menos 4,5 milhões de brasileiros vivem em outros territórios. Destes, 1,9 milhão vivem nos Estados Unidos, 360 mil vivem em Portugal e 220 mil estão no Reino Unido.

Para quem quer criar Phalaenopsis fora do Brasil, existem algumas diferenças significativas no processo de cuidar das plantas em climas tropicais, como no Brasil, e em climas frios, como em Portugal, nos Estados Unidos ou Reino Unido. Como mudam as condições de cultivo, incluindo temperatura, umidade e luz, é preciso ter atenção para as diferenças.

Vai cuidar de Phalaenopsis fora do Brasil? Veja como fazer:

1- Temperatura

No Brasil, o clima tropical oferece temperaturas constantes e quentes durante o ano todo, que são ideais para o crescimento da Phalaenopsis, embora as temperaturas extremamente altas, acima de 30°C, possam causar estresse e desidratação.

Em países frios, as temperaturas no inverno podem cair abaixo do ideal para as Phalaenopsis, que não gostam de nada muito abaixo dos 15°C e, portanto, elas ganham o status de planta exclusiva para ambientes internos. No entanto, durante o verão dos EUA e da Europa, as temperaturas costumam ser adequadas.

2- Umidade

A alta umidade, comum no Brasil, costuma ser benéfica para as Phalaenopsis, pois essas plantas preferem ambientes úmidos com 60 a 80% de umidade relativa. No entanto, a umidade excessiva de alguns locais pode levar a problemas com fungos e doenças, ainda mais quando não há boa ventilação. Nos países de clima frio não há tanto risco de doenças fúngicas, e o tempo mais seco (do clima mediterrâneo ou do ambiente fechado com aquecedor, por exemplo) pode exigir umidificadores ou bandejas de água para manter a umidade adequada.

3- Luz

Em países como o Reino Unido, Canadá e até mesmo Portugal, ou em regiões mais ao norte dos Estados Unidos, há pouca luz disponível no inverno. Nesse caso, talvez seja necessário utilizar iluminação artificial mais intensa para compensar a falta de sol. No verão, o problema mais fácil de ocorrer para as Phalaenopsis é o mesmo que em quase todo o ano nos países tropicais: o excesso de sol direto, que deve ser evitado.

4- Regas

Quem deseja criar Phalaenopsis fora do Brasil certamente vai precisar dosar bem a irrigação. É que nos países mais distantes da linha do Equador há menos evaporação da água em clima frio, o que reduz a necessidade de rega (caso contrário, há mais risco de apodrecer as raízes). O ideal é “esquecer” da frequência de rega do Brasil e considerar o tempo que o substrato demora para secar: esse tempo pode variar bem mais nas estações mais “marcadas” desses países.

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