Anatomia e Botânica

Orquídea ameaçada é descoberta no sul do Espírito Santo

Por meio de um drone que sobrevoava o Monast (Monumento Natural Estadual Serra das Torres), pesquisadores identificaram uma orquídea ameaçada de extinção na natureza vivendo plena e feliz em um jequitibá centenário. Trata-se da Cattleya warneri, tipo de orquídea em estado crítico na natureza, segundo o Decreto Estadual nº 5.238-R, de 25/11/2022. É a mesma classificação da onça pintada.

A descoberta ocorreu no município de Muqui, a 180km da capital, Vitória. Segundo o site A Gazeta, o famoso jequitibá está rodeado de plantas epífitas em seu tronco. Serão realizadas ações estratégicas pelo Monast e pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), com o objetivo da conservação e reprodução da espécie. Ao saber onde a planta se encontra, o objetivo é intensificar o monitoramento de sua presença na região. “É provável que encontremos outros exemplares dentro da Unidade de Conservação”, explicou Guilherme Carneiro, gestor do Monast, ao portal do governo es.gov.

Apesar de ser natural da região, incluindo também os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, a espécie quase não é mais encontrada na natureza, e por isso gerou o espanto. As flores de Cattleya warneri geralmente apresentam cores variadas, incluindo tons de rosa, roxo e branco. Conhecidas pela beleza e aroma agradável, são bastante apreciadas por colecionadores e cultivadas em estufas e jardins do mundo todo. Como muitas orquídeas, Cattleya warneri requer cuidados especiais, incluindo um ambiente com boa umidade, iluminação adequada e um regime de rega cuidadoso para prosperar.

Encontrar espécies ameaçadas na natureza é muito importante, pois permite que os pesquisadores compreendam como as plantas sobrevivem na natureza, além de alertar para a proteção dos habitats naturais como forma de garantir a presença da fauna e flora mais diversificada possível nos diferentes biomas brasileiros. O Monumento Natural Estadual Serra das Torres (MONAST) tem mais de 10 mil hectares, e é a maior Unidade de Conservação da categoria Proteção Integral criada pelo Estado do Espírito Santo, sendo composto integralmente por áreas particulares. O objetivo do MONAST é permitir a criação e preservação de locais naturais raros e singulares.