Louro

Tudo que você precisa saber sobre o louro!

Você já deve ter ouvido falar sobre a folha de louro, certo? Acontece que esta incrível planta vai muito além daquele toque final no feijão ou na feijoada. Aqui no Sítio Kolibri, que iniciou sua produção de loureiros (mudas da folha de louro), decidimos contar algumas informações importantes sobre esta planta.

Vem com a gente?

Origem e características

Chamada oficialmente de Laurus Nobilis (vitória nobre, em latim), o louro é originário da Ásia e se espalhou pelo mundo há muitos anos. É uma planta de folha perene (ou seja, que não tem queda de folhas em alguma época do ano), que pode ser verde ou levemente amarelada (e por isso os cabelos de cor semelhante são chamados de cabelos louros).

Suas folhas têm cerca de 6cm, mas podem atingir até 12cm de comprimento. Seus frutos são bagas de cor preta que contém uma semente cada, e não é um fruto comestível. O loureiro pode atingir de 10 a 15 metros de altura, conforme o local em que for plantado.

Utilização variada na gastronomia

Embora o fruto não deva ser consumido, o louro é largamente utilizado tanto por seu aroma quanto pelas propriedades naturais para tratamentos contra problemas digestivos, infecções e estresse, por exemplo. A folha de louro desidratada ou fresca tem propriedades anti-inflamatórias, diuréticas, antioxidantes, digestivas e antirreumáticas.

Como cuidar

Na natureza, o louro cresce em solo leve e clima ameno. No Brasil, ele deve se dar melhor com o clima das regiões sudeste e sul, mas consegue ser resiliente ao calor de outras regiões.

O solo deve estar umedecido, mas precisa de boa drenagem, pois a planta não se adapta à terra muito encharcada. E este será o segredo para as regas: é importante conferir a situação da terra (seja do jardim, seja do vaso) para hidratar a planta.

É possível realizar podas na árvore para evitar que ela cresça demais, especialmente se ela estiver em um vaso e não for transferida para um espaço de crescimento ilimitado.

Quanto à luz, o loureiro gosta  de muito sol, mas fica melhor em espaços parcialmente sombreados, pois o excesso de sol ao longo do dia todo pode ser demais.

Infelizmente, o louro não está livre de pragas e pode ser atacado por cochonilhas, insetos e fungos, que podem ser combatidos com os produtos disponíveis contra pragas.

História e presença na cultura

Por ser conhecido há milênios, o louro está presente na gastronomia, nas receitas medicinais, nas lendas e na História.

Quando foi levado da Ásia à Grécia, o louro começou a ser dedicado ao deus Apolo. Uma característica importante da planta é o fato de nunca murchar, característica que trouxe inúmeros significados.

Na mitologia grega, Apolo se apaixonou por Dafne mas não foi correspondido, perseguindo-a incessantemente. Pereos, pai de Dafne, transforma a filha em uma árvore – um loureiro. Ao encontrá-la, Apolo passa a amar a árvore e a utiliza como coroa e em outros enfeites. É assim que surge a ideia do louro como símbolo de conquistas militares, e mais tarde, acadêmicas.

Os antigos Jogos Píticos, realizados na Grécia Antiga para homenagear Apolo, davam aos atletas coroas de louros. Como não é difícil de imaginar, o prêmio continuou sendo dado nos Jogos Olímpicos da Antiguidade (que surgiram a partir desses campeonatos iniciais) e continuam a simbolizar a vitória dos atletas nos Jogos Olímpicos Modernos.

No mundo acadêmico, mesmo após a queda do Império Romano e seu uso como símbolo militar, as universidades davam uma coroa de louro com as bagas aos alunos formados. É neste contexto que surge o termo “bacca laureatus”, que deu origem às palavras bacharelado e bacharel, utilizadas até hoje.

Afinal, sempre que alguém conquista o sucesso, dizemos que ela está “colhendo os louros” de sua vitória.